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Adaptação do recém-nascido ao mundo exterior. A transição desde o útero até o nascimento.

cualit
out 25, 2019 Saúde do Bebê Comentários desativados em Adaptação do recém-nascido ao mundo exterior. A transição desde o útero até o nascimento.

A vida no útero

O útero é um lugar cálido onde o bebê se sente seguro, quentinho, protegido e é alimentado pelo cordão umbilical. Não conhece a luz e está cercado pelo líquido amniótico. Ele pode ouvir as vozes e os sons do exterior, mas não de uma forma clara.

O que acontece quando o bebê deixa o útero?

No parto, o bebê sofre um alto grau de estresse ao entrar em contato com o mundo exterior. Por isso, quanto mais preparada estiver à mamãe e o seu entorno, menor será o nível de estresse que ele irá sofrer.
As contrações oprimem o bebê, fazendo com que ele passe por um espaço pequeno. E ao sair, descobrirá um mundo totalmente novo.
Uma vez fora do útero o bebê se encontrará com um ambiente novo. Barulhos de material cirúrgico, luzes da sala de parto que o deslumbram, novas vozes, uma temperatura que lhe gera frio. Ao mesmo tempo começa a respirar por si mesmo, é tocado por mãos, algo que ele nunca tinha sentido, e se enfrenta a um lugar onde não há limites de espaço como havia no útero. Por isso é normal que ele esteja assustado durante esse momento de novidade e insegurança.

Quando isso tudo acontece, o bebê cria com muita força os laços de apego com a mãe, laços que lhe dão segurança para se acostumar a essa nova realidade. A proximidade da pele, o calor, o cheiro e a voz da mãe geram um efeito calmante nele.

Como é o processo hormonal na mãe?

Ocitocina: Quando a placenta é expulsa, a mãe alcança a maior produção de ocitocina, “o hormônio do amor”, responsável pelo estreitamento dos laços entre mãe e bebê

Prolactina: É o hormônio que ajuda com o inicio do aleitamento materno. Também alcança o seu nível mais alto durante o parto, por isso é importante colocar o bebê no peito o antes possível. Ao sugar o mamilo o bebê se acalma, mantém contato pele com pele, mesmo que ainda não consiga tomar leite. Ele também sente de perto o cheiro e o sabor com muita intensidade. Todo isso ajudará ao recém-nascido a se adaptar ao ambiente e ter menos medo.

Endorfinas: São secretadas pelo bebê, têm um efeito relaxante e criam laços de amor e dependência entre ele e sua mãe.

Adrenalina: Também é produzida pelo bebê. Faz com que ele se recupere rapidamente da falta de oxigênio produzida pelo nascimento, e dá à mãe a intuição necessária para atender ao recém-nascido.

Recomendações especiais

Está comprovado que se o bebê nascer em um ambiente cálido, agradável e silencioso aumentará a produção dos hormônios mencionados e isso gera um efeito muito positivo. Por isso você pode levar em consideração algumas medidas para tornar esse momento o mais agradável possível:

  • Crie um ambiente calmo durante a dilatação e expulsão.
  • Luz leve, estritamente necessária para não deslumbrar o bebê.
  • Diminuir os barulhos ao preparar o material para o parto, para não assustá-lo com barulhos ensurdecedores.
  • Alcançar uma temperatura agradável, para que quando o bebê sair dos 36 graus aos quais está acostumado não sinta um choque de temperatura.
  • Ter as pessoas necessárias na sala. É importante que o pai possa acompanhar o parto porque o bebê também reconhecerá a sua voz. 

Mães preparadas obtêm resultados mais positivos

Quando a mãe se prepara, recebe informação nas aulas de parto que lhe darão maior segurança e confiança desde a dilatação.
É importante lembrar que os sentimentos da mãe também são percebidos pelo bebê. Quanto mais preparados estiverem os papais, mais fácil será para o recém-nascido se adaptar a esse novo mundo.

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